Um pouco
sobre a artista:
“Olhar e encontrar: é a artista nos falando de seu encantamento perante a cidade que vivenciou, com cenas diversas da metrópole e seus arranha céus, suas ruas e a figura humana incluindo-se neste cenário tão diverso. Mas o que é mais importante é a sua interpretação das imagens que captou, através da cor, que se desdobra em sinfonias cromáticas de vermelhos, amarelos, rosados e azuis.
É neste momento, no uso de um elemento puramente estético, que a artista melhor se revela, ao trazer para todos o seu sentir e a sua vivência. ”. Yara Tupynambá - Belo Horizonte - MG
"A arquitetura de Zanne Neiva perfaz cores profundas nos idos de 98, e se depura em linhas quase fugazes sobre texturas claras em 2005.
Seduzida pela grande cidade, mas trazendo uma via litorânea Recife e a agreste Araçuaí, Neiva é urbano enigma de luzes: ora praieira, ora montanhosa; por vezes brinquedo, artimanha lúdica. Por outras, mergulho na busca da essência própria, permitindo-se mulher sem rosto querendo alçar traços colhidos nas várias viagens do corpo e da mente sobre o sentido plano da “acrilicidade”." Rogério Zola
Jornalista e Crítico pela Indiana University, USA
sobre a artista
Formada em Publicidade e Propaganda pela UNI-BH/MG, Curso Livre de Pintura pela Escola Guignard-BH/MG e Pós Graduada em Pesquisa e Ensino no Campo das Artes Plásticas pela UEMG-BH/MG, Zanne Neiva é mineira de Araçuaí,Vale do Jequitinhonha.
Pinta em acrílica sobre tela desde 1980, com várias coletivas, individuais e prêmios em sua trajetória nos caminhos da arte. Seus trabalhos encontram-se em várias galerias de todo país, principalmente Recife, Belo Horizonte, São Paulo, Brasília, Vitória, Curitiba, Rio de Janeiro e Goiânia. Trabalhos vendidos em Nova York, Londres, Paris e Pequim. Várias publicações em livros, jornais e revistas. Edita livro de pintura e poemas "Pra não perder a memória"em 2006. Atua também como professora de desenho e pintura.
críticas
impressões
”Através de traços nervosos e muito grafismo, Zanne Neiva retrata o clima agitado das cidades, sem contudo, deixar de criar um onipresente clima romântico em seus trabalhos.
Apaixonada pela vida urbana, ela elabora arranha-céus e avenidas, pontes e casarios, túneis e marinhas, sem contudo comprometer-se com o formalismo realista, mas sim exprimindo o que vem de sua alma.” Valdir Coutinho- Jornalista – Recife - PE
"As pegadas que Zanne marca pelo seu espaço de tempo são como um grito. Grito seco, gutural, que soa como o frigir de um carimbo quente a lacrar em cera vermelha documentos íntimos e invioláveis. Grito que se encontra diante de uma feérica, banal e sangrenta vindima, cujo lema é roupa suja se lava em casa. E, Zanne, seguindo os recônditos de sua origem – velho Jequitinhonha - transporta-se ao ancestral rio de sua terra e coloca-se a lavar suas roupas em suas margens. E sua dor se universaliza, encontra sua identidade e esbarra no umbigo da memória onde toda significação estanca. De volta ao ventre, à caverna, a casa. Então, cabe-se a nós desler as letras, diviná-las. A artista parte de um lugar de onde nada mais se pode dizer a não ser reinventá-lo." Miguel Gontijo - Artista Plástico - Belo Horizonte- MG